As produções cinematográficas e televisivas sempre acabam trazendo discussões interessantes sobre comportamento e sexualidade. A bola da vez é a série “Sex/Life“, produção da Netflix que estreou no dia 25 de junho e já está dando o que falar – seja nos portais, seja nas redes sociais ou nas conversas de Whatsapp.
Justamente por conta do sucesso da produção, fui procurada pela jornalista Júlia Flores, do Universa – UOL, para comentar o conteúdo dessa série erótica, abordado pelo prisma do olhar feminino, que tem conquistado a audiência e suscitado muitas conversas acerca de temas como preliminares, sexo oral, masturbação, sexo selvagem, alinhamento coital, monogamia e muitos outros. Destaco abaixo alguns trechos da matéria que resultou do nosso bate-papo.
“A série conta a história de Billie (Sarah Shahi), uma mulher com cerca de 30 anos que largou a carreira e a vida de aventuras para se casar com o homem dos sonhos, Cooper (Mike Vogel), e criar os dois filhos do casal. Com o tempo, ela se vê presa à rotina e começa a questionar o relacionamento por sentir falta de uma conexão sexual com o marido.
Para tentar se lembrar da Billie ‘de antes’, a protagonista passa a escrever em um diário as aventuras selvagens que teve com o ex-namorado (Adam Demos). Cooper encontra o diário e a partir daí a brincadeira começa”.
“No carro, na balada, no bar… O casal Sarah e Brad não ‘tinha frescura’ na hora de escolher um lugar para transar – o que apimentava ainda mais a relação, além de criar memórias únicas. A sexóloga Lelah Monteiro dá dicas para o casal que quer apostar em novos locais para fazer sexo. ‘Ter sintonia é essencial. Além disso, tenha cuidado com a segurança física e com a saúde sexual. Mesmo que seja só uma rapidinha, use sempre preservativo. Do resto, é só escolher o lugar que mais faça sentido para vocês.'”
“Outra personagem que chama atenção na série é a melhor amiga da protagonista. Sasha (Margaret Odette) é uma mulher independente, focada na carreira, com a vida sexual ativa – e, ao mesmo tempo -, solteira e feliz.
‘Para mim, essa personagem merecia até mais destaque do que ganhou. O jeito como ela enxerga a sexualidade é incrível, de uma maneira leve e saudável. Coisa que é difícil para muitas mulheres, que ainda têm uma imagem ora romantizada, ora moralista do sexo’, comenta Lelah.
A atriz Margaret Odette se inspira na personagem. ‘Este papel foi muito importante para mim, porque acredito que é necessário falarmos sobre liberdade sexual feminina. O melhor jeito de quebrar tabus é apoiando uma às outras, sem julgamentos. Temos que celebrar e comemorar nossa sexualidade’, afirmou à Universa“.